Três alunos do Colégio da Polícia Militar da Paraíba (CPM-PB) tiveram projeto selecionado para participar da 12ª Feira Brasileira de Ciência e Tecnologia (Febrace), a maior do segmento no país. Os estudantes do 9º ano, Paulo Jefferson Colaço de Almeida Filho, Manoel Celestino de Pontes Filho e Donnovan Gabriel de Sousa Trajano tiveram o único projeto de astronomia selecionado em todo o Brasil e participarão do evento, em São Paulo, entre 18 e 20 de março.
Com o título ‘O buraco negro em função do universo’, os três jovens tiveram a orientação dos professores Esdras Karlo Rodrigues de Albuquerque e Rondinelly Rodrigues de Albuquerque, e ajuda ainda de professores e estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e do Clube de Astronomia da instituição.
Cerca de 13 mil projetos de todo o Brasil foram inscritos na Febrace e apenas 300 foram selecionados, sendo quatro da Paraíba. Os nove melhores participarão de um evento de ciências nos Estados Unidos, que reunirá projetos de alunos não-universitários de todo o mundo.
O dos três estudantes do CPM é o único de escola pública. Para o professor de matemática e orientador do projeto, Esdras Albuquerque, a escola observa o potencial dos alunos em determinadas áreas do conhecimento e incentiva a iniciação científica. “Para chegar na feira, eles tiveram que ter contato com um tema que ainda não está presente no currículo escolar, trocaram experiências com professores universitários, ampliaram seus conhecimentos. A participação na feira é uma forma de reconhecimento deste trabalho e incentiva outros alunos a seguirem pelo mesmo caminho”, disse Esdras.
Para os estudantes, a participação na feira é uma consequência do trabalho dentro de sala de aula. “Não importa se você vai fazer um trabalho sobre moscas ou sobre o universo, o que importa pra gente é o desenvolvimento científico, como você chegou àquela conclusão. Acho que é isso que os professores do CPM se importam, mesmo que a gente continue estudando e não chegue a nenhuma conclusão científica, com a quantidade de conhecimento que adquirimos neste projeto, já saímos ganhando”, conta Paulo Jefferson, que sempre teve interesse por ciências, e ‘levou’ os amigos a “buscarem mais conhecimento sobre astronomia, como um agente multiplicador”, finaliza.