Os pais e alunos da Escola Estadual Joaquim Victor Jurema, localizada na cidade de Cajazeiras, participaram nessa segunda-feira (14) do evento de encerramento do ciclo de oito encontros sobre Educação Emocional e Social com Famílias e Comunidade e, além de receberem os certificados de participação, também foram presenteados com o DVD “Emoções na Família”. No evento, além de agradecimentos e relatos dos participantes, ainda foram realizadas apresentações artísticas feitas por crianças e adolescentes e um coquetel foi oferecido pela escola aos participantes e familiares dos alunos.
A Escola Joaquim Victor Jurema tem se destacado em Cajazeiras desenvolvendo um trabalho interativo junto à comunidade local, que participa ativamente dos projetos da escola, que possui cerca de 200 alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
“Nossos funcionários se destacam pela dedicação, buscando acolher bem os alunos e os pais que buscam na escola apoio e troca de experiência contribuem para a melhoria da aprendizagem dos seus filhos e a redução dos conflitos”, destacou a gestora da escola, Maria de Fátima da Silva. A diretora acrescenta ainda que a implantação da educação emocional na escola possibilitou uma maior aproximação e interesse dos pais, que hoje são bem mais participativos. “Com os encontros ‘Emoções na Família’ houve troca de experiências entre escola e pais, que colocaram em prática em casa o que aprenderam aqui, tendo como resultados mais harmonia no lar, filhos mais participativos e com melhor desempenho em sala de aula”, explicou.
Outro tópico trabalhado pelo projeto foi o diálogo com os pré-adolescentes e adolescentes. “O diálogo com essa turma muitas vezes é difícil, requer preparo emocional e tudo isso foi facilitado pela vivência nos encontros. Um bom momento para desenvolver o conhecimento do pai para agir e minimizar angústia, ansiedade, insegurança, contornando situações conflituosas bastante comuns nessa fase em que a criança começa a experimentar profundas transformações físicas e psíquicas”, contou a educadora socioemocional Edilene Bosísio.
Edilene Bosísio ressaltou a importância do diálogo citando o caso da mãe de uma aluna de 14 anos, que apresentava atos violentos e não demonstrava muito interesse em sala de aula. “O diálogo e o carinho passaram a fazer parte da relação delas e os laços de amizade se fortaleceram. Assim, as coisas entre elas passaram a fluir de maneira positiva, não apenas em casa, mas também em sala de aula”, enfatizou Edilene Bosísio.
O coordenador do Programa Saúde na Escola, Adams Ricardo, falou da dinamicidade do processo de educação. “A educação emocional veio para melhorar e fortalecer as relações familiares e com a escola”, afirmou. Os oito encontros realizados pela escola Joaquim Victor contaram com a participação de dez educadores.
Dayane de Sousa, mãe de uma aluna de oito anos, destacou que a cada encontro descobria formas de melhorar seu comportamento, de ser uma nova pessoa na compreensão das atitudes rebeldes de sua filha. “Só tenho a agradecer por ter tido a oportunidade de aprender tanto sobre meu comportamento e como posso usar esse conhecimento para me tornar cada vez melhor. Espero que as mães que não participaram desses encontros possam vir no próximo ano”, comentou.
Para outra mãe, Geralda Petronila, a aprendizagem sobre o silêncio foi algo importante na sua relação com o esposo, que, segundo ela, sempre que chegava em casa, era grosseiro e não a respeitava. “Passei a ficar em silêncio todas as vezes que ele falava de maneira rude comigo, ao ponto dele questionar ao nosso filho o porquê de eu não lhe dar atenção naqueles momentos. Meu filho respondeu que aquilo estava ocorrendo devido à falta de respeito dele. Foi uma espécie de desabafo pra mim, pois ninguém quer ser tratado com violência”, disse Petronila.