Febre alta, aftas na boca, especialmente na língua, tetas também com feridas, não sendo possível tirar leite, cascos partidos, animal magro. Estes são os principais sintomas da febre aftosa, doença que atinge bovinos (bois e vacas) e bubalinos (búfalos) e que pode ser transmitida para o ser humano. Para evitar a doença, a vacinação é o caminho seguro e fácil. A campanha estará sendo realizada até o dia 30 de abril pelo Governo estadual, através da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca, com objetivo de tirar a Paraíba da classificação de risco.
A meta é vacinar 80% do rebanho estadual estimado em R$ 1,3 milhão de animais. Cabe ao produtor rural adquirir a vacina e aplicá-la. Ele deve manter a nota fiscal e o frasco para apresentar à fiscalização, quando do cadastramento do imóvel rural, que registra a localização da propriedade pelo GPS e o número de cabeças de gado existentes. Até o dia o dia 10 de maio, ele deve comprovar a vacinação e receber a Guia de Transporte de Animal (GTA).
Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), Rui Bezerra Cavalcanti Júnior, estão sendo investidos cerca de R$ 1 milhão na execução da campanha, com a participação de mais de 300 funcionários da Emater, Emepa, Interpa, do Sistema de Vigilância Sanitária, tanto nos oitos postos de fiscalização situados nos limites do Estado, como também nas 27 Unidades Locais de Sanidade Animal e Vigilância (ULSAVs). Para esta campanha, há o apoio do Governo federal, que dotou as ULSAVs de veículos para fiscalização nos imóveis rurais.
“O Programa de Defesa Animal segue normas internacionais e o produtor tem que provar, de forma efetiva, que o rebanho não tem febre aftosa”, explica o secretário, acrescentando que a ocorrência de apenas um caso é danosa para a Paraíba e o Brasil.
No Estado, embora o último caso tenha sido registrado em 2002, a Paraíba se encontra na classificação de risco desconhecido, o que impede a comercialização do rebanho local com outros estados. Do ponto de vista comercial, ter um animal com esta sanidade é um grande prejuízo para o produtor, para o Estado e para o país porque as barreiras sanitárias impedem qualquer venda. Quando a doença é detectada no animal, a determinação do governo federal e da legislação vigente é o sacrifício do animal, porque o vírus se espalha rapidamente pelo ar e não é vantajosa a recuperação do animal, uma vez que ele se tornará fraco, além de haver a possibilidade de reincidência da sanidade.
Recadastramento de imóveis – o valor da multa aplicada ao produtor que não comprovar a vacinação animal é de R$ 120,00 por cabeça. O pecuarista deve procurar a vacina em farmácias veterinárias que são credenciadas, fiscalizadas e certificadas pela Vigilância Sanitária Animal. Ele deve conservar a vacina em sistema refrigerado para que ela não perca a sua qualidade.
Atualmente, estima-se que a Paraíba tenha 110 mil imóveis rurais. Todos devem ser recadastrados até o mês de julho. A vantagem do cadastramento dos imóveis rurais é o maior controle sobre o manejo do rebanho, possibilitando mais ação das equipes de fiscalização junto aos pecuaristas. Em caso de dúvida, o produtor pode fazer a ligação gratuita para 0800-281-3031, no horário comercial.
Fiscalização federal – a expectativa é de que a Paraíba receberá a fiscalização federal em setembro, quando ocorrer a segunda etapa da campanha, conseguindo sair da situação de risco desconhecido, o que permitirá a comercialização do rebanho estadual. “Atualmente, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas podem vender seus animais. A Paraíba, não”, observa o secretário. Rui Bezerra lembra, ainda, que o Estado é reconhecido por grandes avanços na engenharia genética animal, mas não pode usufruir dessa evolução pelo fato de não ser considerada zona livre da febre aftosa.
Para reforçar o sistema de Vigilância e Sanidade Animal será realizado concurso público, no próximo dia 10 de maio, sendo ofertadas 70 vagas para Agentes de Vigilância (que trabalham nos postos de fiscalização) e mais 30 técnicos (veterinários para as ULSAVs). A Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca constituiu um grupo gestor, composto por representantes da Delegacia Federal de Agricultura(DFA), da Federação da Agricultura do Estado da Paraíba(Faepa), da própria Sedap e da Federação das Associações Municipais da Paraíba(Famup).
A fiscalização federal vai observar o cadastramento de todos os imóveis rurais e rebanhos bovinos e bubalinos; o funcionamento dos postos de fiscalização situados nos limites da Paraíba; a vacinação animal e a estrutura das Unidades Locais de Sanidade Animal
Serviço
Pra garantir, tem que vacinar. Paraíba livre da aftosa
Ligação gratuita: 0800-281-3031
Horário – De segunda a sexta-feira, em horário comercial