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Estudantes da rede estadual participam de Simpósio de Literatura em Santa Luzia

quinta-feira, 23 de maio de 2013 - 15:47 - Fotos: 

Alunos do Vale do Sabugi participam, nesta sexta-feira (24), do 1º Simpósio de Literatura Contemporânea da Escola Estadual Padre Jerônimo Lauwen, em Santa Luzia. O evento vai contar com a participação do professor e escritor Efigênio Moura, autor do livro Ciço de Luzia. Além dele, o evento ainda conta com a participação de Egberto Vital, autor de vários livros, entre eles, Admirável Mundo Novo de Pitty, que fala sobre música e literatura.

O simpósio vai contar com alunos das cidades do Vale do Sabugi: São Mamede, São José do Sabugi, Junco do Seridó e Várzea, que terão a oportunidade de conversar com os autores dos livros e esclarecer dúvidas. Serão sorteados 80 livros, obras da literatura nacional e regional, com os participantes do evento.

Ditadura – O Regime militar foi tema da palestra com o professor da Unicamp, Paulo Ferreira de Araújo, nesta quinta-feira (23). O pesquisador é natural de Santa Luzia e falou sobre o desaparecimento do seu irmão, José Maria, preso e morto no período da Ditadura.

A história precisa ser contada. As gerações futuras precisam saber o que houve no Brasil num passado não muito distante, mas atroz e silencioso, e é minha obrigação contar essa verdade, a vida que vivi, a busca pelo meu irmão, a sua morte, a nossa dor”, falou o professor Paulo Ferreira.

Paulo Ferreira esteve em 1992 com a então prefeita de São Paulo, a paraibana Luiza Erundina, para pedir que a verdade fosse revelada, que a história fosse contada e que o paradeiro do seu irmão fosse informado. Na oportunidade, recebeu total apoio da prefeita e começou a ter os primeiros vestígios da história do desfecho do seu irmão, José Maria.

Em 1970, José Maria Ferreira Araújo, natural de Santa Luzia, desapareceu, ele era militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), desaparecido desde sua prisão, em 23/9/1970, quando foi levado ao DOI/Codi, onde morreu em consequência das torturas.

José Maria foi enterrado com o nome de Edson Cabral Sardinha, e seu corpo nunca foi encontrado. Era casado com Soledad Barret Viedma, morta em janeiro de 1973. Da união com a paraguaia Soledad, que era de uma família de militantes em seu país e que conheceu em Cuba durante treinamento, José Maria teve uma filha.