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Ricardo visita ensaio de jovens do Prima que participarão de festival de Música em Santa Catarina

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015 - 19:05 - Fotos: 

ricardo prima cabedelo foto jose marques 2 270x202 - Ricardo visita ensaio de jovens do Prima que participarão de festival de Música em Santa CatarinaO governador Ricardo Coutinho e a vice-governadora Lígia Feliciano acompanharam, na manhã desta quarta-feira (14), o último ensaio dos alunos do Programa de Inclusão através da Música e das Artes (Prima), que vão representar a Paraíba no Festival Internacional de Música de Santa Catarina (Femusc) neste mês. Os alunos viajam na próxima sexta-feira para a cidade de Jaraguá do Sul, onde vai acontecer o evento.

A Paraíba terá a 3ª maior comitiva do país no Festival, com 28 jovens músicos dos municípios de Cebedelo, João Pessoa, Santa Rita, Patos, Catolé do Rocha, Itaporanga e Cajazeiras. Durante 15 dias, eles terão aulas com nomes internacionais da música clássica e se apresentarão à noite no Festival. Professores e alunos do projeto deram depoimentos sobre o que representa o projeto Prima na vida deles, emocionando todos os presentes ao ensaio.

ricardo prima cabedelo foto jose marques 3 270x202 - Ricardo visita ensaio de jovens do Prima que participarão de festival de Música em Santa CatarinaOs alunos realizaram apresentações individuais e da orquestra de cordas com peças da música clássica e também conversaram com Ricardo Coutinho, o secretário de Cultura do Estado, Lau Siqueira, e o Coordenador do Prima, Milton Dornelas, sobre a experiência de participar do projeto.  

Ricardo Coutinho destacou que o Prima é a realização de um sonho, e que se sente realizado em ver que os jovens estão abrindo portas em outras orquestras, na UFPB e em festivais. “Esse é um vigoroso projeto social de inclusão social através da música que vai viver esse grande momento no Festival de Música Clássica de Santa Catarina. É uma satisfação muito grande ver que os jovens estão sendo incluídos na sociedade não apenas tocando um instrumento, mas viver em sociedade e encarar a vida com mais disciplina e seriedade”, declarou.

Alguns jovens do programa Prima de Cabedelo estão ingressando na Orquestra Jovem da Paraíba e em cursos de extensão de Música da UFPB. “Essa é uma experiência exitosa na qual quem participa do programa melhora o rendimento educacional, interpessoal e disciplinar. Em todas as orquestras, vemos que a paixão e dedicação à Música vão abrindo caminhos, como na Orquestra Sinfônica Jovem e no curso de Música da UFPB”, completou o governador.

A vice-governadora Lígia Feliciano disse que ficou emocionada em ver jovens tão envolvidos com a Música. “O Prima está transformando a vida das crianças e jovens que, além de melhorarem na escola, ainda estão ajudando a divulgar a nossa cultura”, pontuou.

ricardo prima cabedelo foto jose marques 4 270x202 - Ricardo visita ensaio de jovens do Prima que participarão de festival de Música em Santa CatarinaA jovem Daiane Roque, de 17 anos, que mora na rua da Fortaleza de Santa Catarina, aprendeu a tocar Clarinete há 2 anos na orquestra do Prima, em Cabedelo, e já está decidida a seguir na Música.  Ela conta que não sabia tocar nenhum instrumento, mas se interessou quando acompanhava o ensaio de outros jovens e se sentia emocionada.  Este ano, ainda no 2º ano do Ensino Médio, Daiane fez o Enem para Música e acredita que vai realizar o sonho de fazer o curso na UFPB. “Encontrei na música uma profissão e quero me profissionalizar na UFPB e ingressar numa grande orquestra”, afirmou.

Daiane confessou que está ansiosa em participar do festival de Santa Catarina e ter a oportunidade de aprender com os grandes nomes da música clássica e tocar para um grande público. “O projeto Prima significou uma grande mudança na minha vida, pois não sabia o que fazer, e vejo a música como minha profissão”, disse.

O professor de Música Erivaldo Ferreira afirmou que o Prima é um exemplo de que o que falta para muitos jovens que seguem por caminhos errados é  uma oportunidade. “Esse é um projeto que abre muitas portas, pois um jovem de baixa renda não teria condições de tocar um instrumento como violoncelo, clarinete ou violino, que são caros e elitizados. O projeto quebra isso, e vem tendo um reflexo positivo não apenas pelo jovem aprender a tocar um instrumento, mas por melhorar o seu desempenho escolar e a relação familiar”, destacou.