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Secretário discute implantação de Rede de Urgência e Emergência

sexta-feira, 17 de abril de 2009 - 18:35 - Fotos: 

O secretário de Estado da Saúde, José Maria de França, reuniu no final da manhã desta sexta-feira diretores de  vários hospitais do Estado com objetivo de discutir a instalação da Rede de Urgência e Emergência. Participaram da reunião os diretores dos hospitais de Sousa, Monteiro, Guarabira, Picuí, Campina Grande e Patos.

Durante a reunião, José Maria de França falou sobre a importância da rede para os diretores dos hospitais e como ela irá funcionar a partir do mês dezembro, data prevista para a finalização do projeto. Na reunião os diretores tiraram dúvidas sobre a rede e apresentaram sugestões ao secretário.

De acordo com o secretário da Saúde, um dos objetivos  da rede, que vai funcionar nos moldes do Hospital  de Trauma de João Pessoa, é oferecer a população paraibana um tratamento de excelência na área de urgência e emergência com destaque  para ampliação  dos procedimentos de alta complexidade.

“Com a implantação da Rede de Urgência e Emergência o Governo do Estado pretende ainda descentralizar os atendimentos que são realizados em João Pessoa e Campina Grande para as cidades do interior do Estado, onde já existem hospitais que serão equipados para fazer esses procedimentos de alta complexidade”, explicou José Maria de França.

José Maria de França enfatizou que  o compromisso do Governo do Estado é restaurar e reestruturar  o sistema de saúde na Paraíba com uma nova política de saúde que possibilite corrigir os atuais problemas e distorções, com vistas à promoção de um reordenamento no Sistema Único de Saúde (SUS) da Paraíba  e  com um projeto arrojado de humanização que vai ser implantado   nos  hospitais da Paraíba. “O que queremos  é que o cidadão paraibano, na hora em que precisar dos serviços de
saúde do Estado, seja atendido com dignidade e respeito” , destacou o
secretário da Saúde.

A Rede de Urgência e Emergência  será hierarquizada, dotada de infra-estrutura necessária para prestar uma assistência de qualidade à população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) na Paraíba. A rede operará de forma integrada com o Samu, Corpo de Bombeiros e todos os segmentos envolvidos com atendimento emergencial.

A reestruturação da rede hospitalar da Paraíba seguirá a tendência voltada para a atenção às urgências e emergências, atendendo a Política Nacional de Atenção às Urgências e Emergências estabelecidas por portaria ministerial. O enfoque será levando em consideração ao Plano Diretor de Regionalização, transformando os hospitais regionais de Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras em unidades de referência
estadual em urgência e emergência, interligando toda Rede Estadual de Urgência e Emergência com uma central de regulação estadual e os demais componentes integrantes da nova política de saúde adotada pelo governador José Maranhão.

Trauma de Campina Grande terá investimento de R$ 80 milhões Um investimento superior a R$ 80 milhões e mais de um milhão de  paraibanos contemplados com atendimento especializado em saúde. Isso é o que representa o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, que deverá ser inaugurado pelo governador José Maranhão no mês de dezembro. O hospital estar dentro da proposta de reestruturação do sistema público de saúde da Paraíba.

Em audiência com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o governador José Maranhão recebeu a garantia do Governo Federal de ajudá-lo a concluir e equipar o hospital, que se constituirá em um dos mais importantes complexos hospitalares de urgência e emergência do país.

O secretário de Estado da Saúde, José Maria de França, disse que o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande vai dotar a cidade de uma unidade hospitalar planejada e bem estruturada, em conformidade com o desenho proposto pela Rede Estadual de Atenção Integral às Urgências e Emergências, a ser criada pela atual administração. “O governador José Maranhão já contemplou, em sua primeira gestão, a
cidade de Campina Grande com um importante equipamento de saúde, que foi o Hospital Regional. Agora volta ao governo para presentear a Cidade com um novo e moderno hospital”, salienta o secretário.

O Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande vai contemplar mais de um milhão de paraibanos das regiões do Brejo, Curimataú, Cariri e Sertão, que serão beneficiados com atendimento especializado e direcionado a pacientes com risco de vida cujos agravos necessitam de atenção imediata, mediante utilização de técnicas complexas.

O hospital será edificado num terreno de 90 mil metros quadrados e terá uma área de construção de 17 mil metros quadrados, além de estacionamento com 654 vagas e um Heliporto (espaço reservado para pouso de helicóptero). No projeto arquitetônico estão previstas 601 dependências e 186 leitos.

Para prestar o melhor atendimento de emergência e trauma à população, o hospital será dotado de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Clinica Ortopédica e Traumatológica, Clinica Pediátrica e Traumatológica e Clinica Especializada (oftalmologia, torrinolaringologia, neurologia e buco-facial).

Na área de internação hospitalar serão disponibilizados um Centro Cirúrgico dotado de seis salas de cirurgia (sendo duas para ortopedia, duas para transplante em vivo e in vitro e as demais para cirurgias de médio porte); uma sala para recuperação pós-anestésico com sete leitos; uma sala para pequenas intervenções cirúrgicas de emergência, e um Centro de Diagnóstico (tomografia computadorizada, dois raios-X
com sistema digital de imagem, ultra-sonografia com Doppler colorido, endoscopia, broncoscopia, arco cirúrgico e uma unidade de hemodinâmica para instalações futuras).
Também haverá uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com dez leitos para adultos e dez leitos para o público infantil; uma Unidade de Tratamento para Queimados (UTQ) – balneoterapia, tratamento hiperbárico (02 leitos) e hemodiálise (02 leitos), e laboratórios
especializados em hematologia, bioquímica, microbiologia, líquor e
parasitologia/análise.

Projetos complementares

O Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande também será dotado de Administração, Lavanderia, Central de Material Esterilizado (CME), Nutrição/refeitório para 132 lugares, Farmácia (Manipulação, despensação, e farmácia industrial e saneantes), Almoxarifado, Oficinas (elétrica, mecânica e marcenaria), Zeladoria, Engenharia Clínica, Vestiários, Necrotério, Velório, Atendimento Pós – Hospitalar
(reabilitação), Centro de Estudos e Pesquisas, Corpo de Resgate (Bombeiros), Garagem, Desinfecção de Ambulâncias, Dique (lubrificação e lavagem), Câmaras de Cadáveres, Câmara de Lixo, Gerenciamento para Resíduos Sólidos, Câmara Frigorífica, Guaritas e Cantina.

Central de Regulação vai melhorar fluxo de atendimento Como forma de organizar o fluxo de atendimento nos hospitais e na perspectiva de melhorar a assistência de saúde prestada à população usuária do SUS, a Paraíba deverá implantar sua Central Estadual de Regulação.

Coordenar a atuação dos diversos estabelecimentos de saúde, garantindo a cada paciente em particular o atendimento adequado, segundo suas necessidades específicas, é missão precípua desse novo serviço que o Governo do Estado quer ofertar à população. “Ao mesmo tempo em que estaremos permitindo um maior controle do fluxo de pacientes de determinadas localizações para outras de maior estrutura, como João Pessoa e Campina Grande, também faremos com que o atendimento seja
mais otimizado, melhorando a assistência prestada”, justifica o
secretário da Saúde, José Maria de França.

Central Estadual de Regulação da Paraíba vem fazer parte do chamado Complexo Regulador, espécie de “observatório privilegiado” dos serviços de saúde, armazenando e tratando dados de demanda real do paciente, bem como o efetivo atendimento prestado. Também constitui-se em poderosa ferramenta de gestão e subsídio ao gestor da saúde. Os dados que o Complexo Regulador produz estão relacionados com a
resolubilidade real do SUS, informações vitais para o planejamento e para a transformação da assistência.

Na Paraíba, conforme Plano Diretor Regionalizado (PDR) que foi organizado em 04 macro e 12 microrregiões de saúde, com a identificação de um município pólo de micro e 44 módulos assistencial com a identificação de um município sede de módulo. A Central Estadual de Regulação estará ligada diretamente as sedes de macrorregiões.

A Central funcionará na organização do fluxo da demanda dos municípios menores ou com menor estrutura de saúde junto aos de maior porte, de forma a ordenar melhor a referência hospitalar de pacientes que necessitem de assistência médica, e a garantir o financiamento desses atendimentos.