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 Projeto “A Escola vai à Fundação Casa de José Américo” forma professores multiplicadores  

sexta-feira, 22 de setembro de 2017 - 17:53 - Fotos: 

Cerca de 50 professores tiveram acesso a diversas modalidades artístico-culturais, expostas de forma dinâmica e lúdica, em torno da vida e obra do escritor José Américo de Almeida. Trata-se do projeto piloto “A Escola vai à Fundação Casa de José Américo”, idealizado por uma equipe da FCJA, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, que visa à formação de professores como agentes multiplicadores das ações junto aos alunos da rede pública estadual.

A partir dessa primeira etapa, o objetivo é promover o acesso dos alunos às ações educativas e culturais, lúdicas e midiática aos espaços de memória, história e literatura, representados pelo Museu, Arquivo, Biblioteca e Cineclube da FCJA. A programação constou de mesas-redondas, palestras, oficinas, dentre outras atividades

Sobre o projeto, o presidente da Fundação Casa de José Américo, professor Damião Ramos Cavalcanti, assim se expressou: “A cultura se transmite pela educação; se as atividades da FCJA são essencialmente cultura, então é mais do que adequado ela trazer para dentro de si alunos, suas escolas onde se formaliza a educação para suas vidas”.

Repercussão positiva – A execução do projeto-piloto aconteceu nestas quinta e sexta-feira. Os professores avaliaram, de forma positiva, a participação no evento. A vice-diretora do Instituto de Educação da Paraíba, Eugênia Soares Gottgtroy, disse que “o projeto é de extrema importância para a educação, por tratar de assuntos significativos para formação do educador e para o educando, em torná-los cidadãos críticos, sobretudo do ponto de vista analítico, em torno do mundo em que vivemos”.

O professor Rodrigo Brito, do Liceu Paraibano, destacou que o conteúdo apresentado permitiu “compreendermos que o lúdico pode ser trabalhado de forma simples em sala de aula. Aprendemos na oficina, de forma prática, fazer com que possamos despertar o interesse dos nossos alunos pelas nossas histórias”.

Raniery Abrantes, professor da Escola Estadual Papa Paulo VI, enfatizou que “este tipo de evento é muito importante para o setor educacional paraibano, faz com que sintamos efetivamente contemplados com um universo de um dos maiores escritores e políticos da história republicana brasileira – o ministro José Américo de Almeida”. Já a professora Kallygenesis Filgueiras, do IEP, destacou que “o curso foi muito rico e importante e o que levo para a sala de aula é esta interação entre os participantes. Contribuiu muito para a minha formação pessoal e profissional”.

Avaliação dos expositores – As oficinas foram ministradas pela equipe de professores da Fundação Casa de José Américo. Janete Rodriguez, que ministrou a oficina “Arte e Educação: um diálogo poético”, considerou “uma experiência exitosa, traduzida pela interação que acontece entre professores e ministrantes das palestras e oficinas. Foi uma oportunidade de vivenciar, mais de perto, a arte, poesia, a imagem, documentos, num exercício sempre crescente do ler, escrever e ver, através da emoção”.

Para Irene Fernandes, ministrante da oficina “Arquivo e Patrimônio: a construção da memória educativa” foi “uma oportunidade excepcional de encontro de profissionais de educação, intercambiando informações, conhecimentos, experiências, no sentido da necessária integração entre os diversos segmentos responsáveis pelo aprimoramento educacional”.

Ilza Moreira Franco ministrou a oficina “A lucidade e o conhecimento: espaços de diferentes vivências” e avaliou que foi “uma integração produtiva entre professores e que a oficina ofereceu ferramentas para o desenvolvimento do trabalho com ludicidade em sala de aula”. Já Valéria Diniz, que ministrou “Mídias e educação: a tecnologia no espaço escolar” observou que “foi possível correlacionar as experiências sensoriais ao acervo literário de José Américo de Almeida. Contextualizamos o patrimônio ambiental da FCJA ao conjunto da obra, a partir da realidade ampliada com o uso do aparelho celular. É possível o uso responsável da tecnologia no ambiente escolar”.

Palestras e mesas-redondas –          A abertura do encontro contou com a presença da secretária executiva de Gestão Pedagógica da Secretaria de Estado da Educação, Roziane Marinho Ribeiro, e do presidente da Fundação Casa de José Américo, Damião Ramos Cavalcanti. A seguir, houve palestras com a participação dos seguintes professores e temas: Janete Lins Rodriguez – A ação de educar no Museu Casa de José Américo, Irene Rodrigues da Silva Fernandes – O Arquivo dos Governadores e a construção da memória e identidade paraibana e  Neide Medeiros Santos – O acervo  literário de José Américo – de leitor a poeta. O professor Cláudio Brito apresentou o tema “O papel do cinema no contexto educacional escolar”.

Logo após, houve mesa-redonda: “O desenvolvimento de ações pedagógicas a partir dos acervos museológico, arquivístico e bibliográfico da FCJA”. Os expositores e temas específicos foram: professora Irene Fernandes – Arquivo e Patrimônio: a construção da memória educativa, professora Janete Rodriguez – Arte e Educação: um diálogo poético, professora Maria Ilza Franco – A ludicidade e o conhecimento: espaços de diferentes vivências, psicóloga Valéria Diniz – Mídias e Educação: a tecnologia no espaço escolar e secretária executiva de Gestão Pedagógica, Roziane Marinho Ribeiro – A leitura e a biblioteca na Escola.

Aconteceu ainda a projeção do documentário: “Museu Virtual José Américo”, seguida da exposição do presidente da Codata, Krol Jânio Palitot,  sobre o Projeto Virtual do Arquivo Ricardo Vieira Coutinho, com projeção de arquivo em Autocad.