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Crescimento industrial da Paraíba está acima da média regional

quinta-feira, 25 de junho de 2015 - 11:33 - Fotos: 

O número de estabelecimentos industriais com cinco ou mais empregados cresceu 19,16% na Paraíba em apenas um ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual – Empresa (PIA-Empresa) referente a 2013 e divulgada na quarta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2013, funcionavam no Estado 1.760 unidades locais, 283 a mais do que no ano anterior (uma única empresa pode ter várias unidades locais). O crescimento de 19,16% foi o segundo maior do Nordeste e o quinto do país. Além disso, ficou acima da média regional, que foi de 16,4%.

Ainda segundo a PIA-Empresa, o número de trabalhadores no setor aumentou 4% na Paraíba no mesmo período, passando de 76.111 para 78.972.

Já a soma dos salários e outras remunerações pagas a essas pessoas cresceu o dobro desse percentual, passando de aproximadamente R$ 1 bilhão em 2012 para mais de R$ 1,172 bilhões em 2013 (alta de 16%). O resultado também foi o segundo melhor do Nordeste, atrás apenas do Maranhão (35%).

A receita líquida de venda do setor no Estado teve aumento de 12%, passando de R$ 9 bilhões para R$ 10,081 bilhões, enquanto o valor bruto da produção industrial passou de R$ 8,4 bilhões para R$ 9,374 bilhões (alta de R$ 11%).

A PIA-Empresa registrou números referentes ao ano de 2013 quanto às empresas industriais, avaliando salários, pessoal ocupado, receitas, despesas, entre outros aspectos.

Comparativo entre regiões – O valor bruto da produção industrial do Nordeste, em média R$ 210 bilhões, só perde para o Sudeste e Sul, que atingiram R$ 1,3 trilhão e R$ 466 bilhões, respectivamente. O valor bruto da produção é, de acordo com a PIA-Empresa, a soma da receita líquida de vendas, variação de estoques de produtos acabados e em elaboração, produtos de fabricação própria realizada para o ativo imobilizado e o deduzido do custo das mercadorias vendidas. Além disso, o Nordeste ainda apresentou 24,7 mil empresas industriais com cinco ou mais pessoas ocupadas, dessa vez ficando na frente apenas do Centro-Oeste e Norte, com 13,4 mil e 5,9 mil, respectivamente.

Em nível nacional, levando em consideração empresas industriais com 30 ou mais pessoas, o Brasil ocupava até dezembro de 2013 6,7 milhões de pessoas, divididas nas indústrias extrativas (quase 212 mil) e nas indústrias de transformações (em média 55 mil). O valor bruto da produção e o consumo intermediário registraram, respectivamente, R$ 2,5 trilhões e R$ 1,8 trilhão. Consequentemente, o valor adicionado atingiu R$ 776,4 bilhões. O valor da transformação industrial foi de R$ 1,1 trilhão, alcançados a partir de um valor bruto da produção industrial de R$ 2,4 trilhões, menos R$ 1,3 trilhão, referente aos custos das operações industriais.

Construção civil – O IBGE também divulgou os resultados da Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA-Produto) referentes ao ano de 2013. Levando em consideração a produção dos 100 maiores produtos e/ou serviços industriais, a PIA – Produtos calculou em média R$ 2 trilhões nas suas vendas, enquanto a PIA – Empresa quantificou R$ 2,3 trilhões, em nível nacional. A Paraíba aparece na relação de alguns produtos, mas ganha destaque na produção de quatro serviços e produtos relacionados à construção civil.

O Estado da Paraíba aparece na relação de produção do açúcar VHP (very high polarization), produzindo 10,3 mil toneladas a um custo de R$ 11 milhões com a produção do produto. Em relação à venda do açúcar VHP, a Paraíba atingiu 11,7 mil toneladas, quantificando R$ 15 milhões na venda do produto. A Paraíba, dessa forma, fica no ranking dos oito estados que mais produzem e vendem o açúcar VHP.

Do total de 15,7 bilhões de litros de refrigerante vendidos e produzidos no Brasil, 214,6 milhões estão na Paraíba, com um custo de R$ 378 milhões na sua produção. Porém, o Estado vende menos do que produz, atingindo uma quantidade de 194 milhões de toneladas e obtendo um retorno de 357 milhões.

Mas o grande destaque da Paraíba está mesmo para os produtos relacionados à construção civil, categorias que o Estado mais se apresenta. A produção de cimentos Portland compostos, por exemplo, atinge 1,9 milhão de toneladas e um custo de R$ 478 milhões. Cerca de 1,8 milhão de toneladas do produto é vendido, angariando R$ 472 milhões. O concreto usinado, a massa de concreto prepara para construção, iguala os números de produção e venda. A Paraíba produz 380 mil m³ do concreto a um custo de R$ 111 milhões.

A produção de ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento atinge 23 milhões m³, a um custo de R$ 248 milhões e são vendidos 24 milhões de m³, com um retorno de venda de R$ 254 milhões. E as pedras britadas também fazem parte dos produtos relacionados à construção civil. A Paraíba produz e vende 170 mil m³ de pedras britadas, a um custo e retorno de R$ 10,3 milhões.

A Pesquisa ainda detalhou a participação das regiões nas vendas industriais, fazendo um comparativo entre 2012 e 2013. O Nordeste aumentou a sua participação em 15 milhões. Os cinco maiores produtos, em termos de venda, foram: óleo diesel; automóveis, jipes ou camionetas, para passageiros, com motor a gasolina, álcool ou bicombustível; óleos combustíveis, exceto diesel; gasolina automotiva ou para outros usos e cervejas ou chope.

A Pesquisa Industrial Anual – A PIA Empresa reúne um conjunto de informações econômico-financeiras que permitem estimar as características estruturais básicas das empresas industriais com uma ou mais pessoas ocupadas, e acompanhar a sua evolução ao longo do tempo.  Apresenta, entre outros aspectos, dados sobre pessoal ocupado, salários, retiradas e outras remunerações, receitas, custos e despesas, valor da produção e valor da transformação industrial, tendo como referência a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0).

A Pesquisa Industrial Anual – Empresa tem por objetivo identificar as características estruturais básicas do segmento empresarial da atividade industrial no país e suas transformações no tempo, por meio de levantamentos anuais, tomando como base uma amostra de empresas industriais.

Já a PIA Produto levanta informações sobre a linha de produção das empresas industriais do país com 30 ou mais pessoas ocupadas, trazendo dados sobre as quantidades produzidas e vendidas e o valor de venda de cerca de 3.500 produtos, com destaque para os 100 maiores segundo a posição nacional em valor de vendas e Unidades da Federação.

Os objetivos principais da Pesquisa – Produto são disponibilizar informações atualizadas sobre a produção de bens e serviços industriais, segundo uma nomenclatura detalhada, permitindo a análise da composição da produção industrial brasileira, de mercados específicos, bem como o acompanhamento de sua evolução e propiciar informações para a análise articulada dos fluxos de produção interna e do comércio externo de produtos industriais.