O Centro Estadual de Arte fará nesta quinta (16) e sexta-feira (17), a primeira Formação Continuada de 2017. A formação será guiada pela diretora do Cearte, Laura Moreno, e terá Soraia Bandeira, Guilherme Schulze e Marcelo Coutinho como professores convidados.
Para a diretora Laura Moreno, cada período letivo conta com desafios que devem chamar a atenção de toda a equipe do Centro, e a Formação é a oportunidade de uma viagem para além de um lugar comu:. “É para falar, refletir, ouvir, provocar, participar; e ‘sentir muito’, com atenção, interesse e intenção de melhorar sempre”. O tema centrará na Qualidade, Arte e Educação e será um chamamento para todos refletirem como fazer melhor a própria prática de um Centro de Arte.
A Formação contará com uma vivência sobre a prática da música a partir do próprio corpo, ministrada pela cantora, terapeuta holística e iogue, Soraia Bandeira. O artista visual Marcelo Coutinho, também quadrinista e ilustrador, que atualmente é professor do Departamento de Teoria da Arte e Expressão Artística na UFPE, deve trazer visões sobre o desenvolvimento de questões ligadas a linguagem verbal utilizada para traduzir a arte. Em seus trabalhos Coutinho aponta que a linguagem esbarra em suas próprias limitações e incapacidades de traduzir o que vem a ser o presente.
Por fim, Guilherme Schulze, professor de artes cênicas da UFPB, graduado em dança, traz o tema: “Colaboração e compartilhamento no estudo e produção de arte: Contém Dança 2”. Schulze explica que a discussão será permeada por trechos de vídeos “que considero instigantes e podem estimular uma reflexão sobre os modos como a arte pode estar presente em nossas instituições de ensino”, conta.
Para Laura Moreno, a Formação Continuada é um instrumento essencial para que uma instituição funcione de forma plena e alcance seus objetivos. Citando o filósofo José Carlos Libâneo, “a formação continuada pode possibilitar a reflexibilidade e a mudança nas práticas docentes, ajudando os professores a tomarem consciência das suas dificuldades, compreendendo-as e elaborando formas de enfrentá-las. De fato, não basta saber sobre as dificuldades da profissão, é preciso refletir sobre elas e buscar soluções, de preferência, mediante ações coletivas”.